DIGA NÃO AOS COVARDES -
Um brinde aos passos minúsculos desses seres rastejantes. Andam na
velocidade de uma boa notícia quando a ansiedade já extrapolou a lógica
da espera.
Chega de meias bocas pra preencher profundos vazios.
Meias bocas para beijar entradas inteiras. Meios beijos de respeito na
testa. Meias palavras para dizer alguma coisa que, feita a análise fria,
nada querem dizer.
Intenções soltas
e desejos desconexos. Esse mistério todo é uma violência contra a minha
inteligência. Sejamos diretos para não sermos idiotas: eu te quero.
Você me quer? Não sabe? Ah, então vá pra puta que te pariu.
Este
rebolado colorido que descola de seu cenário pastel, vem de meu ventre.
Livre. Portanto não tente me escravizar, nem com promessas,
intelectualidades, ou uma pegada daquelas.
Este rebolado é quase que
instintivo, meu jeito, nada sutil, apesar de ser essa a intenção, de te
mostrar que há chances de ultrapassagem.
Seja inteligente, faça jus à espécie, seja Sapiens. Perceba o sinal verde, ultrapasse.
Não sabe se quer acelerar o motorzinho? Então vá treinar com uma
boneca, uma revista, uma prima, a sem-sal da sua namorada ou o raio que
os parta todos os mornos.
Eu não sou morna e, se você não quiser se queimar, morra na temperatura do vômito. E bem longe de mim.
Ou venha me ajudar a ferver essa banheira. Vamos ficar cegos de vapor e
vermelhos de vida. É sangue que corre nos meus sentimentos e não o
enjôo morno de uma vida que se vai empurrando com a barriga.
Barriga que vai crescer no sofá imundo dos acomodados.
Eu ainda quero muito. Quero as três da manhã de um sábado e não as sete
da tarde de uma quarta. Vamos viver uma história de verdade ou vou ter
que te mandar pastar com outras vaquinhas?
Vá contar esse seu
papinho de "Hey, you never know" pra quem conta com a sorte e sabe
esperar. A sorte é sua e eu quero agora, ontem, semana passada.
Amanhã não sei mais das minhas prioridades: posso querer dormir com
pijama de criança até meio-dia, pagar 500 reais numa saia amarela, comer
bicho-de-pé no Amor aos Pedaços.
Minha vontade de ser feliz é como a sua de gozar. E se eu te iludisse de tesão e levantasse rápido para retornar a minha vida?
Chega de sorrir para o que não me contenta e me cobrar paciência com um
profundo respiro de indignação. Paciência é dom de amor aquietado,
pobre, pela metade. Calma, raciocínio e estratégia são dons de amor que
pára para racionalizar.
Não caio na mesma vala de quem empurra a
vida porque ela me empurra. Ela faz com que eu me jogue em cima de você,
nem que seja para te espantar.
Melhor te ver correndo pra longe do que empacado em minha vida.
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